sexta-feira, 25 de setembro de 2015

0615

Estava ali sentada pensando em nada, nadinha mesmo... Deixe-me dizer: pensar em nada é até melhor que sexo e música; bem bêbado de madrugada e sentir, chorando, que alguém no mundo poderia te entender e chorar, sabendo que não, que é tudo mentira.
Pensar em nada, pairar semi/viva, flutuando, sem nem querer respirar e respirando, nua, nuazinha, como quem acabou de nascer: sabendo nada.
Ah que solidão! O nada engole as coisas e nisso me devora. Quando eu penso em universo é isso que eu quero dizer: tudo despencando, caindo eternamente/outras coisas suspensas, cheias de mistério, infinitamente caladas.
Assim eu me pego, de susto! tombo! pensando em nada, nadica mesmo, perdida e um pouco louca: sem fazer sentido.

Então como um médium que esquece-se de si; esperança de ser possuído... Como uma puta que abre as pernas e fecha os olhos; esperando ser fudida! Sem pensar em nada, nada mesmo, como quem quer tudo e não quer nada, me veio à ideia de você: miragem, ilusão. 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

052515

Se eu pudesse dizer o que eu quero, diria seu nome; chamando por você baixinho...
Se de alguma forma, eu pudesse deixar de ser eu, assim, tão inconstante, eu escolheria ser alguém pra você e ficaria.
Se você fosse diferente do que você é, eu seguraria sua mão e pacientemente permaneceria ao seu lado.
Rasgo-me em milhões de pedaços, pedacinhos pequenininhos, e que não se encaixam jamais.

Se nem minha eu sou, como serei sua ou de outro alguém?