Sentir saudade: morrer
devagarinho por dentro, essa dor brilhante e sangrenta.
Hoje eu seguraria sua mão e
caminharia com você aonde quer que fosse... Cruzaria os mundos, amor, ao seu
lado. Sua mão na minha, minha mão segurando a sua, forte, eternamente.
Queria acordar na madrugada e
te ver dormindo, velar seu sono, coisa que nunca fiz, porque odeio acordar bem
cedo, mas eu faria agora, sim, eu nem dormiria se pudesse, apenas pra cuidar do
seu sono, baby...
Sabe aquelas coisas que
fazíamos e que me causava irritação profunda? Então, eu sinto falta até disso,
sinceramente, eu sinto principalmente falta disso: da sua enorme estupidez
diante das coisas. Falta faz gritar e arrancar os cabelos, depois te ver
sorrir, você sabe né que eu sempre amarei seu sorriso: posso esquecer seu
rosto, esquecerei, mas o seu sorriso está acorrentado a minha alma. Sabia? Não,
acho que eu nunca te disse isso. Aliás, o meu orgulho me impediu de te dizer
muitas coisas, muitas coisas... e me fez
dizer tantas outras, que eu acho, hoje, vendo as coisas por fora da coisa, eu
nem queria dizer, mas disse, apenas pra não dar o braço a torcer. Eu não
presto, eu sei. Sempre te disse, desde o
inicio de tudo. Eu nunca prestei pra nada. Lembro-me das pessoas dizendo: "essa
menina vai dar pra ruim". Dito e certo, meu bem. Sinto muito. Sinto muito por muita coisa, não poderia dizer
agora. Não, poderia sim, mas que adiantaria? Não muda nada. Mudaria, mas uma
parte de mim não quer que mude. Eu sei, está doendo em mim também, ô, de uma
maneira que eu não consigo traduzir, só sangro, pela boca, lágrimas de sangue,
pelo meio das pernas, ouvidos, cada poro do meu corpo quase sem vida, mais que
isso; sem esperança, longe do seu. Ah! dear ... Quantos mau entendidos
construíram nossa história...bonita né?, sim, até bonita, ainda que torta.
Quantos mau entendidos acabaram com ela? também.
Sabe, eu demorei pra escrever
sobre a gente, porque eu precisava provar pra mim mesma que não está doendo,
ficar repetindo que não foi nada, que não estou nem aí, mas é mentira. Eu sei e
você sabe que eu não finjo muito bem. Cada pedacinho de mim se quebrou em
pedacinhos ainda menores e impossíveis...
Eu me pego querendo aquela
sms com erros ortográficos que eu odiava receber, sabe? Me pego querendo isso,
agonizando por isso...
Uma ferida por dentro da
ferida se abre imensa, inexorável, amor.
Eu previ o fim e sabia que
isso destruiria uma parte linda de mim que era você.
“Mas tudo bem!” vou continuar
repetindo até que isso se torne a minha pele, minha casca!
Hoje eu te beijaria como no
inicio de tudo, quando as coisas eram leves, doces, sem matemática e me
perderia em seu abraço...
Que tristeza há na saudade,
que orgulho me consome! Que dualidade! Deus, que contradição!
Eu nunca fui boa pra você.
Não como eu sei, agora, que deveria ter sido. Como eu aprendi a ser agora que
estamos tão tão distantes.
Eu digo, quer ouvir? Eu tenho
essa coisa dentro de mim, essa dificuldade, você sabe... mas eu sou capaz de
dizer agora, agora que tudo está completamente perdido... por falar nisso, eu
sinto que porque tudo está perdido é que estou te amando ainda mais que antes.
Eu diria que te amo,
mas... não importa.
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