Ônibus, comércio, ruas,
cruzamentos, árvores, pessoas, plantas nas beiras dos prédios, gigantes, me
engolindo... Pessoas, portas se abrindo, ambulantes, luzes de elevadores,
endereços, mais pessoas, indo e vindo, vão passando e eu, ficando pra trás.
As praças vão se movendo com
as janelas que se fecham e se abrem, sábias como as estações as folhas se vão,
secas, os dias ensolarados, as rosas à venda, as doses de cachaça, um pouco de
miséria em cada canto, ainda dormindo, os goles de café, gestos simultâneos,
rostos, alguns sorrisos, sinceros ou não, não pra mim, vai e vem e eu,
anti-horário.
Os muros, vidros embaçados,
as vozes, chuva fina, os olhares, constantes, as placas, os postes, os baldes
de lixo, as bancas, escadas, filas, tudo se segue, se destina, não eu, eu vou
ficando...
Imensa, entre carros e
gigantes de concreto; a cidade diante de mim me cospe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário